12 de novembro de 2025
32º Semana do Tempo Comum
São Josafá (1623)
Sab 6,1-11: «Vejamos se aprendem a ser sábios»
Sl 82: «Levanta-te, ó Deus, e julga a terra»"
Lc 17,11-19: «Levanta-te e vai; a tua fé te salvou"
Naquela época, Jesus estava a caminho de Jerusalém e passava pela Galileia e Samaria. Quando ele entrou numa aldeia, dez leprosos o encontraram e pararam de longe. E eles levantaram a voz e disseram: "Jesus, Mestre, tem misericórdia de nós". Quando ele os viu, disse-lhes: "Ide e apresentai-vos aos sacerdotes". À medida que iam, eles foram curados. Um deles, vendo-se curado, voltou glorificando a Deus em alta voz, e prostrou-se aos pés de Jesus, com o rosto em terra, dando-lhe graças. Ele era um samaritano. Jesus falou e disse: "Não foram dez os que recuperaram a saúde? E onde estão os outros nove? Porventura ninguém voltou para dar glória a Deus, senão este estrangeiro? E ele lhe disse: "Levanta-te e vai, a tua fé te salvou”.
Palavra da Salvação. Glória a vós, Senhor.
Comentário
A palavra do Evangelho abre para nós o horizonte da gratuidade, que se exprime de modo particular no serviço generoso e solidário em favor das pessoas mais vulneráveis: "os desamparados, os órfãos, os humildes e os necessitados". É cada vez mais ultrajante e decepcionante para o povo que seus líderes políticos, apesar de terem os meios e a responsabilidade social, não atendem os desprotegidos. Estamos testemunhando cenários onde o populismo e o clientelismo prevalecem, fomentando a dependência e a desigualdade. Jesus, por outro lado, se propõe a gerar bem-estar por meio do serviço da compaixão e da gratuidade. Assistimos à cura de dez leprosos, que Jesus reincorporou na vida comunitária, convidando-os a apresentarem-se limpos como manda a Lei. Nove deles permanecem voltados para si mesmo, talvez com a certeza de que foram curados por merecimento; mas apenas um, o samaritano, considerado estrangeiro, foi capaz de experimentar a gratuidade e a misericórdia. Aprendamos a partilhar, na justiça, não o que nos resta, não por obrigação, mas em resposta a tanto bem recebido.
Pensamento do dia:
"Os migrantes não são considerados dignos o suficiente para participar da vida social como qualquer outra pessoa, e esquece-se que eles têm a mesma dignidade intrínseca que qualquer outra pessoa" (FT 39).
