7 de novembro de 2025
31º Semana do Tempo Comum
São Vicente Grossi (1917)
Rm 15,14-21: Por meio de Cristo Jesus, posso ser orgulhoso
Sl 98: «Que todos os povos anunciem o Senhor»
Lc 16,1-8: Os filhos deste mundo são mais astutos do que os filhos da luz
Jesus disse também a seus discípulos: Havia um homem rico que tinha um administrador. Este lhe foi denunciado de ter dissipado os seus bens. Ele chamou o administrador e lhe disse: Que é que ouço dizer de ti? Presta contas da tua administração, pois já não poderás administrar meus bens. O administrador refletiu então consigo: Que farei, visto que meu patrão me tira o emprego? Lavrar a terra? Não o posso. Mendigar? Tenho vergonha. Já sei o que fazer, para que haja quem me receba em sua casa, quando eu for despedido do emprego. Chamou, pois, separadamente a cada um dos devedores de seu patrão e perguntou ao primeiro: Quanto deves a meu patrão?
Ele respondeu: Cem medidas de azeite. Disse-lhe: Toma a tua conta, senta-te depressa e escreve: cinquenta. Depois perguntou ao outro: Tu, quanto deves? Respondeu: Cem medidas de trigo. Disse-lhe o administrador: Toma os teus papéis e escreve: oitenta. E o proprietário admirou a astúcia do administrador, porque os filhos deste mundo são mais prudentes do que os filhos da luz no trato com seus semelhantes.
Palavra da Salvação. Glória a vós, Senhor.
Comentário
Lemos a parábola do juiz corrupto. A princípio, parece que Jesus o elogia, mas não por seu erro. O que ele realmente valoriza é a astúcia de seu comportamento para se reinventar em um momento difícil e adverso. Se prestamos atenção às pessoas que se defendem, gritam e fogem, reconheceríamos aquela energia contida nessas pessoas, energia tão necessária para fazer a vida prevalecer. Essa é a mesma vitalidade e impulso que Jesus quer que usemos apaixonadamente para fazer o bem e tornar presente o Reino. São atitudes, disposições, relações que constroem pontes e derrubam os muros do mal. Se pensamos em questão de justiça como um equilíbrio, temos que usar a astúcia para reconhecer o mal; e a prudência para encontrar a solução certa. Dinheiro ou recursos não são nem ruins nem bons; o problema é o efeito que eles produzem sobre nós: eles podem servir simplesmente para acumular ou para a solidariedade. Conscientes de que vivemos num mundo injusto, é preciso ter cuidado com a tentação do mau uso dos bens.
Pensamento do dia:
"Procurai estar sempre onde a luz e a vida do Ressuscitado são mais necessárias" (EG 30).
