Evanglho: João 10,22-30

Terça-feira da Quarta Semana da Páscoa

 

22 Celebrava-se, em Jerusalém, a festa da Dedicação do Templo. Era inverno. 23 Jesus passeava pelo Templo, no pórtico de Salomão. 24 Os judeus rodeavam-no e disseram: "Até quando nos deixarás em dúvida? Se tu és o Messias, dize-nos abertamente". 25 Jesus respondeu: "Já vos disse que sou o Messias, mas vós não acreditais. As obras que eu faço em nome do meu Pai dão testemunho de mim; 26 vós, porém, não acreditais, porque não sois das minhas ovelhas. 27 As minhas ovelhas escutam a minha voz, eu as conheço e elas me seguem. 28 Eu dou a elas a vida eterna e elas jamais se perderão. E ninguém vai arrancá-las de minha mão. 29 Meu Pai, que me deu estas ovelhas, é maior que todos, e ninguém pode arrebatá-las da mão do Pai. 30 Eu e o Pai somos um". Palavra da Salvação. Glória a vós, Senhor.

 

Comentário

 

Jesus está em Jerusalém na véspera de sua morte na cruz. É um feriado. Cada festa religiosa judaica é uma oportunidade para lembrar a identidade do povo e é um cenário apropriado para um debate teológico. Aqui o debate é para esclarecer a identidade de Jesus. Ele é realmente o Messias de Deus? Jesus é o Filho do "EU SOU" do Êxodo? (Êx 10,14). Jesus recorre às suas obras. Ele acabara de curar um homem cego de nascença (Jo 9). Isso causou rejeição e os judeus ficaram escandalizados a ponto de planejar sua morte. Jesus faz uma afirmação retumbante: "O Pai e eu somos um". Cabe a nós, seguidores do Ressuscitado, ser testemunhas daquela Boa Nova capaz de transformar a nossa vida. Nossas palavras, apesar de fracas e silenciosas, devem fazer os corações experimentarem essa presença reconfortante do Ressuscitado. Deus é amor e Sua obra amorosa foi selada na cruz de Seu Filho Jesus. Em silêncio, adoramos este mistério e renovamos a nossa condição de discípulos. Que o Senhor te abençoe e te guarde e, pela intercessão de Nossa Senhora de Fátima, te conceda vida e alegria, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

Pensamento do dia:
"""Precisamos reconhecer a tentação que nos rodeia de desconsiderar o outros" (FT 64)