Evanglho: João 6,44-51
Quinta-feira da Terceira Semana da Páscoa
Naquele tempo, disse Jesus à multidão: 35 "Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não terá mais fome e quem crê em mim nunca mais terá sede. 36 Eu, porém, vos disse que vós me vistes, mas não acreditais. 37 Todos os que o Pai me confia virão a mim, e quando vierem, não os afastarei. 38 Pois eu desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou. 39 E esta é a vontade daquele que me enviou: que eu não perca nenhum daqueles que ele me deu, mas os ressuscite no último dia. 40 Pois esta é a vontade do meu Pai: que toda pessoa que vê o Filho e nele crê tenha a vida eterna. E eu o ressuscitarei no último dia".
Palavra da Salvação. Glória a vós, Senhor.
Comentário
Jesus está explicando o significado da multiplicação dos pães. O pão partilhado é um bem distribuído de forma conjunta e igualitária; é um pão que satisfaz uma multidão e que transborda porque foi compartilhado com sinceridade e amor, provavelmente cada um colocando em comum o que trouxera para si. Jesus, o catequista do Pai, o Filho que esteve sempre próximo de Deus, é o Verbo eterno que se manifesta na humanidade do camponês de Nazaré, graças ao mistério da Encarnação. Assim como Ele é o enviado do Pai, Ele nos envia para sermos discípulos de Deus (v. 45). Se nos alimentarmos de suas palavras, vamos alcançar aquela vida plena que vai durar no tempo, até a eternidade. É a palavra que se faz pão (palavra-pão), com ela nos alimentamos e permanecemos em plena comunhão com a causa do Reino. Usando o verbo "comer/alimentar", Jesus nos convida a experimentá-lo, feito pão, até chegarmos a uma identificação total com Ele. E este alimento, como sua própria carne, fala-nos da doação total da sua pessoa. Uma existência humana vivida para os outros. Jesus e seu Evangelho devem ser essa força que transforma nossas vidas!
Pensamento do dia:
"Se nos alimentamos de sonhos de esplendor e grandeza, acabamos comendo distração, confinamento e solidão; podemos nos tornar cheios de conexões, mas perdemos o gosto pela fraternidade" (FT 33).