12o Domingo do Tempo Comum
Certo dia,
18 Jesus estava rezando num lugar retirado, e os discípulos estavam com ele. Então Jesus perguntou-lhes: "Quem diz o povo que eu sou?"
19 Eles responderam: "Uns dizem que és João Batista; outros, que és Elias; mas outros acham que és algum dos antigos profetas que ressuscitou".
20 Mas Jesus perguntou: "E vós, quem dizeis que eu sou?" Pedro respondeu: "O Cristo de Deus".
21 Mas Jesus proibiu-lhes severamente que contassem isso a alguém.
22 E acrescentou: "O Filho do Homem deve sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos sumos sacerdotes e doutores da Lei, deve ser morto e ressuscitar no terceiro dia".
23 Depois Jesus disse a todos: "Se alguém me quer seguir, renuncie a si mesmo, tome sua cruz cada dia, e siga-me.
24 Pois quem quiser salvar a sua vida, vai perdê-la; e quem perder a sua vida por causa de mim, esse a salvará".
Palavra da Salvação. Glória a vós, Senhor.
Comentário
Da Galileia, depois de pregar o Reinado de Deus, Jesus começa sua etapa decisiva, que é sua doação por amor. Jesus está em clima de oração: é assim que ele enfrenta os momentos mais difíceis da vida, pois na oração Jesus se encontra com o Pai. O tema de hoje é: “Quem é Jesus?” Em meio ao sofrimento, o povo esperava o libertador que fosse um chefe militar que, pela força das armas, iria restaurar o império de seu pai David, que iria vencer os romanos opressores e ver o povo livre da servidão. Na época apareceram, aliás, vários desses “enviados de Deus”, mas todos acabaram eliminados pelas tropas romanas. Jesus não toma esse caminho, por isso mesmo não é considerado por muitos como o Messias, mas identificado com Elias que viria nos últimos tempos. Os discípulos, no entanto, companheiros de Jesus, deviam dar uma resposta mais amadurecida. Pedro, representando a comunidade cristã, afirma: “Tu és o messias de Deus”. Messias significa o enviado de Deus, da família de Davi, que viria realizar as esperanças de libertação do povo. Jesus, porém, esclarece que é o enviado de Deus para libertar o povo, não pelas armas, mas pelo amor e pelo dom da própria vida. O trono de Jesus é a cruz e sua vida entregue por amor; é assim que Ele vai realizar as promessas de salvação. O texto conclui com um apelo aos discípulos de todos os tempos: que sigamos os passos de Jesus, que tomemos sua cruz, que vivamos o amor e a entrega, a fim de que derrubemos os muros do egoísmo e do orgulho e construamos pontes para unir as pessoas e todos reconheçam que a vida é um dom.
Pensamento do dia: