Primeira leitura: Atos 9,26-31
Salmo: 21(22),26a
De vós procede o meu louvor na grande assembleia.
Segunda leitura: 1João 3,18-24
Evangelio: João 15,1-8
5º Domingo da Páscoa
“Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor. Todo ramo que não der fruto em mim, ele o cortará; e podará todo o que der fruto, para que produza mais fruto. Vós já estais puros pela palavra que vos tenho anunciado. Permanecei em mim e eu permanecerei em vós. O ramo não pode dar fruto por si mesmo, se não permanecer na videira. Assim também vós: não podeis tampouco dar fruto, se não permanecerdes em mim. Eu sou a videira; vós, os ramos. Quem permanecer em mim e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer. Se alguém não permanecer em mim será lançado fora, como o ramo. Ele secará e hão de ajuntá-lo e lançá-lo ao fogo, e será queimado. Se permanecerdes em mim, e as minhas palavras permanecerem em vós, pedireis tudo o que quiserdes e vos será feito. Nisso é glorificado meu Pai, para que deis muito fruto e vos torneis meus discípulos.”
Comentário
Em Atos, temos o relato da dificuldade inicial de Paulo de se unir e ser aceito na Igreja, por causa da fama de perseguidor que já se espalhara pelas comunidades. O testemunho de Barnabé foi fundamental para sua aceitação e para o começo de sua atividade evangelizadora. Muitas vezes nós também precisamos de um “Barnabé” que nos abra o caminho da aceitação. Na segunda leitura, amar por atos e em verdade é assumir o compromisso de viver os valores evangélicos da fraternidade, do perdão, da solidariedade e do amor. Tudo começa com uma profissão de fé em Jesus Cristo. No Evangelho, observar os mandamentos é a garantia da presença de Deus em nós e da nossa permanência nele. O fundamento de toda vida em Cristo começa com nossa profissão de fé. Na sequência vem a prática dos mandamentos: quem os pratica tem acesso à misericórdia, ao perdão das próprias faltas e à certeza de ser atendido em sua oração. Observar os mandamentos, viver o amor, equivale a permanecer em Deus e Deus em nós. A comparação com a videira é bastante presente na Bíblia. Ela representa a comunidade cristã: os ramos são os cristãos e o tronco, onde todos estão unidos, é o Cristo ressuscitado. Assim como os ramos estão unidos à videira, também os cristãos estão unidos a Cristo, do qual procede a seiva (o Espírito Santo) que mantém a unidade entre todos, garante a fecundidade e produz muito fruto. Na Bíblia, a vinha é associada a Israel, mas muitas vezes essa associação está ligada a uma vinha que produz frutos azedos ou que não produz fruto nenhum. É uma crítica ao povo de Israel, que não produziu os frutos esperados de justiça. Jesus se apresenta como a nova e verdadeira videira; dela nasce o verdadeiro povo de Deus, como a videira e seus ramos. Na comunidade deve haver correção; por isso, todo ramo seco deve ser cortado, mas também o incentivo: todo ramo verde deve produzir fruto, isto é, todo cristão é convidado a crescer, pois tem uma missão a cumprir.
PARA REFLETIR
Nós, cristãos, somos como ramos unidos ao tronco que é Jesus. Nossa missão: produzir frutos de fraternidade e de amor solidário.
Santos do dia: Prudêncio de Tarazona (bispo), Teodora e Dídimo (mártires), Valéria de Milão (mártir) e Vital de Milão (mártir).
