Primeira leitura: Atos 11,19-26
Salmo: 116(117),1a
Em verdade sou extremamente infeliz.
Evangelio: João 10,22-30
4ª SEMANA DA PÁSCOA ou S. Jorge, Mt., ou S. Adalberto, BpMt. (MFacs.)
Celebrava-se em Jerusalém a festa da Dedicação. Era inverno. Jesus passeava no templo, no pórtico de Salomão. Os judeus rodearam-no e perguntaram-lhe: “Até quando nos deixarás na incerteza? Se tu és o Cristo, dize-nos claramente”. Jesus respondeu-lhes: “Eu vo-lo digo, mas não credes. As obras que faço em nome de meu Pai, estas dão testemunho de mim. Entretanto, não credes, porque não sois das minhas ovelhas. As minhas ovelhas ouvem a minha voz, eu as conheço e elas me seguem. Eu lhes dou a vida eterna; elas jamais hão de perecer, e ninguém as roubará de minha mão. Meu Pai, que mais deu, é maior do que todos; e ninguém as pode arrebatar da mão de meu Pai. Eu e o Pai somos um”.
Comentário
É a festa da Dedicação, e a última vez que Jesus frequenta o templo de Jerusalém. O interrogatório é pela qualidade do seu messianismo. Jesus confirma: ele é o consagrado pelo Pai. As obras que realiza o comprovam. O messianismo de Jesus põe em questão toda a instituição judaica; ele se declara o novo santuário, substituto do templo, que já não cumpre a sua função. Por isso, Jesus é rejeitado pelas lideranças com força e violência. Ele retoma o tema das ovelhas: as que o Pai lhe deu, ninguém pode arrancá-las de sua mão. Jesus pretende substituir as antigas instituições por outras novas.
Acena também para o conflito com as lideranças, que tentam trazer de volta os que aceitaram a mensagem de Jesus. À questão do messianismo, Jesus apenas apresenta as obras como credenciais para que tirem suas conclusões. Essas mesmas obras derrubam a situação de poder das lideranças, e isso não vai ser facilmente aceito. Os líderes acreditavam que o Messias seria também rei de Israel. O temor era que Jesus se apoderasse do poder e desbancasse as lideranças judaicas.
Outros santos do dia: Félix, Fortunato e Aquiles (mártires), Geraldo de Toul (bispo), Ibar de Meath (bispo) e Marolo de Milão (bispo).