Primeira leitura: Atos 7,51–8,1a
Salmo: 30(31),6a
Em vossas mãos entrego meu espírito.
Evangelio: João 6,30-35
3a SEMANA DA PÁSCOA
Perguntaram eles: “Que milagre fa- zes tu, para que o vejamos e creiamos em ti? Qual é a tua obra? Nossos pais comeram o maná no deserto, segundo o que está escrito: Deu-lhes de comer o pão vindo do céu (Sl 77,24)”. Jesus respondeu-lhes: “Em verdade, em verdade vos digo: Moisés não vos deu o pão do céu, mas o meu Pai é quem vos dá o verda- deiro pão do céu; porque o pão de Deus é o pão que desce do céu e dá vida ao mundo”. Disseram-lhe: “Senhor, dá-nos sempre deste pão!” Jesus replicou: “Eu sou o pão da vida: aquele que vem a mim não terá fome, e aquele que crê em mim jamais terá sede”.
Comentário
A multiplicação dos pães é expres- são do amor de Deus Pai para com seus filhos e filhas necessitados. Os que seguiam Jesus não foram capazes de compreender o significado desse gesto, que não foi suficiente para despertar-lhes o dom da fé. Por isso, pedem a Jesus mais sinais. Uma fé assim se baseia em sinais espetaculares. Citam os acontecimentos do Êxodo e esperam que Jesus renove os mesmos prodígios, como o do maná.
Eles aguardam grandes e portentosos milagres, enquanto Jesus não pretende fazer milagres espetaculares. O milagre que Jesus realiza é dar vida nova e capacidade de amar como ele, ofertando a própria vida; esse é o maior milagre. O maná é coisa do passado. Deus é quem dá o verdadeiro pão do céu para a vida do mundo. Esse pão é presente, atual, e dá vida definitiva. O povo pede desse pão, porém na dependência e na passividade, sem comprometimento, apenas para satisfazer sua necessidade. Em resposta, Jesus se identifica com o pão. Ele é o pão que Deus oferece ao mundo. Alimentar-se dele é aderir a Jesus.
Santos do dia: Bento José Labre (peregrino mendicante), Bernadette Soubirous (vidente de Lourdes, virgem), Caio e Cremêncio (mártires de Zaragoza).