Primeira leitura: Is 55,10-11:
A chuva faz a terra germinar.
Salmo: Sl 33, 4-5. 6-7. 16-17. 18-19 (R. 18b):
R. O Senhor liberta os justos de todas as angústias.
Evangelio: Mt 6,7-15:
Vós deveis rezar assim.
Tema: São João de Deus, Religioso (Memória facultativa)
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: Quando orardes, não useis muitas palavras, como fazem os pagãos. Eles pensam que serão ouvidos por força das muitas palavras. Não sejais como eles, pois vosso Pai sabe do que precisais, muito antes que vós o peçais. Vós deveis rezar assim: Pai Nosso que estás nos céus, santificado seja o teu nome; venha o teu Reino; seja feita a tua vontade, assim na terra como nos céus. O pão nosso de cada dia dá-nos hoje. Perdoa as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido. E não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal. De fato, se vós perdoardes aos homens as faltas que eles cometeram, vosso Pai que está nos céus também vos perdoará. Mas, se vós não perdoardes aos homens, vosso Pai também não perdoará as faltas que vós cometestes.
Comentário
A oração do Pai Nosso é uma síntese da experiência espiritual de Jesus, desenvolvida na forma de catequese programática sobre a qual somos chamados a construir nossa própria espiritualidade. Ao longo da sua estrutura, em cada uma das suas sete petições (segundo a versão de Mateus), verificam-se experiências centrais na vida de Jesus: 1) A experiência da filiação com Deus, o «Abba»; 2) A transcendência ao puramente terreno; 3) A santificação de Deus em suas criaturas; 4) A certeza do seu Reino; 4) O cumprimento da vontade de Deus entre nós; 5) A preocupação com o pão nas mesas do dia a dia; 6) Perdão recíproco; 7) As tentações e a experiência do mal que nos esperam. São todas experiências vividas por Jesus, com grande intensidade no dia a dia, que depois ressoam em sua oração e, portanto, não estão isoladas da realidade, mas sim enraizadas nela e refletem o que o moveu por dentro. O que alimenta sua espiritualidade?
Santo do Dia
S. João de Deus
1495-1550 ? fundador ? patrono dos hospitais e enfermos, enfermeiros, livreiros e santeiros, bombeiros e práticas de farmácia
Natural de Montemor-o-Novo, Portugal, João de Deus foi o fundador dos Irmãos Hospitaleiros. Antes de entregar-se totalmente ao serviço de Deus, ganhou a vida como pastor, soldado, mascate, livreiro e santeiro. Apesar de levar vida relapsa, sempre guardou na mente o ideal de ajudar os necessitados. Sua conversão deveu-se a S. João de Ávila, que pregava em Granada. Tão radical foi sua mudança de vida que muitos o tomaram como louco, a ponto de interná-lo em um hospício. Orientado por S. João Ávila e apoiado pelo arcebispo de Granada, aos poucos percebeu que a vontade de Deus era que ele dedicasse toda a vida aos desvalidos. Fundou então numerosos hospitais, onde era dispensado aos enfermos um tratamento mais humano.