Primeira leitura: At 1,12-14:
Todos eles perseveravam unânimes na oração.
Salmo: Sl 86, 1-3. 4-5. 6-7 (R. Zc 8,23):
R. Nós temos ouvido que Deus está convosco.
Evangelio: Jo 19,25-27:
Mãe entre todas bendita, do Filho único aflita, a imensa dor assistia (Stabat Mater).
Tema: Bem-aventurada Virgem Maria, Mãe da Igreja (Memória)
Naquele tempo: Perto da cruz de Jesus, estavam de pé a sua mãe, a irmã da sua mãe, Maria de Cléofas, e Maria Madalena. Jesus, ao ver sua mãe e, ao lado dela, o discípulo que ele amava, disse à mãe: "Mulher, este é o teu filho". Depois disse ao discípulo: "Esta é a tua mãe". Daquela hora em diante, o discípulo a acolheu consigo.
Comentário
Na primeira segunda-feira após o Pentecostes, a Igreja celebra a memória da Virgem Maria Mãe da Igreja, um título que tem raízes profundas, e que foi inserido no Calendário Litúrgico em 2018, por desejo do Papa Francisco.
Nesta comemoração, elevemos “nosso pensamento a Maria. Ela estava lá, com os apóstolos, quando veio o Espírito Santo, protagonista com a primeira comunidade da admirável experiência de Pentecostes, e rezemos a ela para que obtenha para a Igreja o ardente espírito missionário”.
Nestas palavras proferidas no domingo no Regina Coeli quando reencontrou os fiéis na Praça de São Pedro, o Papa Francisco enfatizou o profundo vínculo entre o Espírito e Maria, entre a Solenidade do Pentecostes, portanto, e a memória de hoje da Bem-aventurada Virgem Maria Mãe da Igreja.
O Espírito Santo é a alma da Igreja e Maria sua esposa. A Igreja é o corpo místico de Cristo, Maria é a Mãe de Jesus que ele mesmo confia no alto da Cruz, a João, confiando ao mesmo tempo o apóstolo a Maria.
O decreto que instituiu a memória que a Igreja celebra hoje
A memória que é celebrada nesta segunda-feira, foi inserida no calendário romano em 21 de maio de 2018 por desejo do Papa Francisco.
No decreto “Ecclesia Mater” da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, divulgado em 3 de março de 2018, mas com data de 11 de fevereiro de 2018, fica estabelecido que a recorrência seja celebrada na segunda-feira após o Pentecostes, com o objetivo de “favorecer o crescimento do senso materno da Igreja nos pastores, religiosos e fiéis, bem como da genuína piedade mariana”.
“Esta celebração nos ajudará a recordar que, para crescer, a vida cristã deve estar ancorada ao mistério da Cruz, à oblação de Cristo no banquete Eucarístico, a Virgem oferente, Mãe do Redentor e dos remidos”, lê-se no decreto. De fato, a união de Maria com Cristo culmina na hora da Cruz, quando Maria acolhe a vontade do Filho e aceita, num certo sentido perdendo-o, de se tornar Mãe de toda a humanidade.
A maternidade de Maria e a maternidade da Igreja
“Todas as palavras de Nossa Senhora são palavras de mãe”, desde o momento da “Anunciação até o fim, ela é mãe”.
O Papa Francisco o havia dito na Casa Santa Marta na primeira Missa celebrada em memória da Bem-Aventurada Virgem Maria, mãe da Igreja, em 21 de maio de 2018. E explicava como os Padres da Igreja haviam entendido que a maternidade de Maria era a maternidade da Igreja.
Ao salientar a dimensão feminina da Igreja e também a importância da mulher, afirmou: “Sem a mulher a Igreja não vai em frente, porque ela é mulher, e essa atitude da mulher vem de Maria, porque Jesus assim o quis”.
Naquela ocasião, Francisco indicou a ternura como aquela atitude materna que deve distinguir a Igreja, acrescentando: “também uma alma, uma pessoa que vive essa pertencente à Igreja, sabendo que também é mãe, deve seguir o mesmo caminho: uma pessoa mansa, humilde, terna, sorridente, cheia de amor”.
As raízes profundas do título de Maria Mãe da Igreja
Se o título de Maria Mãe da Igreja tem raízes nos primeiros tempos do cristianismo e já está presente no pensamento de Santo Agostinho e São Leão Magno, no Credo de Nicéia de 325, e já os Padres do Concílio de Éfeso (430) haviam definido Maria como “verdadeira mãe de Deus”, esse título retorna ao magistério de Bento XIV e Leão XIII.
Mas foi o Papa Paulo VI, no final da terceira sessão do Concílio Vaticano II, em 21 de novembro de 1964, a declarar a Bem-Aventurada Virgem “Mãe da Igreja, isto é, de todo o povo cristão, tanto dos fiéis como dos pastores que a chamam de Mãe amantíssima”.
Mais tarde, em 1980, João Paulo II inseriu nas Ladainhas a veneração de Nossa Senhora como Mãe da Igreja, até chegar o Decreto desejado pelo Papa Francisco que, na memória de um ano atrás, em 10 de junho de 2019, escreveu em um tweet que continua sempre atual: “Maria, mãe da Igreja, ajuda-nos a entregar-nos plenamente a Jesus, a crer no seu amor, sobretudo nos momentos de tribulação e de cruz, quando nossa fé é chamada a amadurecer.
Fonte: https://diocese-sjc.org.br/a-bem-aventurada-virgem-maria-mae-da-igreja-2/
Santo do Dia
B. José Gérard
1831-1914 ? oblato ? \"José? quer dizer \"que Deus acrescente?
Natural de Nanci, França, José Gérard, missionário dos Oblatos de Maria Imaculada, foi o grande e zeloso apóstolo do povo Basotho, na região de Lesotho, África do Sul. Não apenas conhecia a língua e os costumes de sua gente, mas também seu modo de pensar, suas sensibilidades, suas esperanças e aspirações. Junto com o bispo Allard e o irmão Bernard, iniciou sua obra apostólica na missão chamada Roma e, anos depois, na missão de Korokoro (1866). Em 1876, fundou a missão de S. Mônica, onde trabalhou por mais de 20 anos, criando escolas e construindo um convento. Sempre confiante em Deus, fundou numerosas missões no norte do país. Sua solicitude e amabilidade para com os doentes, os necessitados era a manifestação concreta do seu inflamado amor a Deus. O segredo de sua santidade era viver continuamente na presença de Deus, o que atraía e encantava as pessoas. Homem de fé e de confiança inabalável em Deus, hauria sua força evangelizadora da oração a Jesus Sacramentado, à Virgem Maria e da leitura freqüente do ofício divino. Por mais de meio século, padre José Gerard pôde testemunhar o desenvolvimento da evangelização em Lesotho, que em 1988, ano da sua beatificação pelo papa João Paulo II, já contava, entre os 1.560.000 habitantes, com cerca de 653.000 católicos.