Primeira leitura: Ap 15,1-4:
Entoavam o cântico de Moisés e o cântico do Cordeiro.
Salmo: Sl 97(98),1.2-3ab.7-8.9 (R. Ap 15,3b):
R. Como são grandes e admiráveis vossas obras, ó Senhor e nosso Deus onipotente!
Evangelio: Lc 21,12-19:
Todos vos odiarão por causa do meu nome. Mas vós não perdereis um só fio de cabelo da vossa cabeça.
Tema: São Clemente I, papa e mártir e São Columbano, abade (Memórias facultativas)
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: "Antes que estas coisas aconteçam, sereis presos e perseguidos; sereis entregues às sinagogas e postos na prisão; sereis levados diante de reis e governadores por causa do meu nome. Esta será a ocasião em que testemunhareis a vossa fé. Fazei o firme propósito de não planejar com antecedência a própria defesa; porque eu vos darei palavras tão acertadas, que nenhum dos inimigos vos poderá resistir ou rebater. Sereis entregues até mesmo pelos próprios pais, irmãos, parentes e amigos. E eles matarão alguns de vós. Todos vos odiarão por causa do meu nome. Mas vós não perdereis um só fio de cabelo da vossa cabeça. É permanecendo firmes que ireis ganhar a vida!?
Comentário
Quando criança, gostava muito de viajar para o mar; era feliz sentado para ver as ondas e em sua imensidão, o mar e o céu me fizeram pensar na grandeza de Deus e de sua criação. Hoje vemos como a vida, especialmente das pessoas mais ricas da sociedade, arriscam a estabilidade da natureza criada por Deus. Quando vejo o mar e o céu fico pensando na necessidade de nos tornarmos co-criadores com Deus, assumindo nossa responsabilidade de cuidar da natureza. Temos que viver na esperança, apesar de que os megaprojetos, inimigos da criação, nada nem ninguém parece detê-los. Deus vem ao mundo para julgar com justiça, o que nos lembra a importância de julgar com justiça hoje, especialmente com a justiça climática, aquela que não vê a natureza como uma mercadoria, mas como um dom precioso que devemos cuidar assim como no-la deu o Criador. Oremos e trabalhemos dia a dia para estabelecer uma justiça climática que celebre plenamente a criação.
Santo do Dia
S. Columbano
c. 540 ? abade ? \"Columbano? quer dizer \"pombo? e lembra a paz
Columbano nasceu na Irlanda por volta de 540. Versado em ciências profanas e sagradas, decidiu tornar-se monge. Em 575 partiu para a França com alguns companheiros, onde fundou numerosos mosteiros, a todos dirigindo com zelo e disciplina. Entre os principais mosteiros por ele fundados estão os mosteiros de Annegray, Fontaine, Luxeuil, Coutances, Faremoutierss, Jouarre, Saint-Gall e muitos outros. A influência de S. Columbano na espiritualidade e na restauração da vida monástica foi enorme. De suas abadias saíram numerosos santos, como S. Felisberto, S. Mommelin de Noyon, Santo Omer, S. Bartin, S. Wandrille... Foram monges de S. Columbano que difundiram a prática da confissão auricular e individual, costume que se generalizou por toda a Igreja, conservando-se até nossos dias. Ele dizia a seus monges: Homem, como tu és miserável. O que tu deves odiar, tu amas; e o que deves amar, tu o ignoras. Em ti, tens o que te entrava; em ti não tens o que te libertar. Tens dois olhos e te deixas levar cegamente: tu consentes que te levem à morte (Rohrbacher, op. cit. p. 182). Personalidade forte, intransigente no zelo da fé, denunciador de escândalos dos poderosos, sua vida foi uma peregrinação constante. E por onde passava deixava a marca de sua passagem nos mosteiros que fundava. Morreu em Bobbio, Lombardia, Itália, longe da terra natal.