Primeira leitura: Ap 11,4-12:
Estes dois profetas estavam incomodando os habitantes da terra.
Salmo: Sl 143(144),1.2.9-10 (R. 1a):
R. Bendito seja o Senhor, meu rochedo!
Evangelio: Lc 20,27-40:
Deus não é Deus dos mortos, mas dos vivos.
Tema: São Roque González, Santo Afonso Rodriguez e São João de Castilho, mártires (Memória)
Naquele tempo, aproximaram-se de Jesus alguns saduceus, que negam a ressurreição, e lhe perguntaram: "Mestre, Moisés deixou-nos escrito: 'se alguém tiver um irmão casado e este morrer sem filhos, deve casar-se com a viúva a fim de garantir a descendência para o seu irmão'. Ora, havia sete irmãos. O primeiro casou e morreu, sem deixar filhos. Também o segundo e o terceiro se casaram com a viúva. E assim os sete: todos morreram sem deixar filhos. Por fim, morreu também a mulher. Na ressurreição, ela será esposa de quem? Todos os sete estiveram casados com ela". Jesus respondeu aos saduceus: "Nesta vida, os homens e as mulheres casam-se, mas os que forem julgados dignos da ressurreição dos mortos e de participar da vida futura, nem eles se casam nem elas se dão em casamento; e já não poderão morrer, pois serão iguais aos anjos, serão filhos de Deus, porque ressuscitaram. Que os mortos ressuscitam, Moisés também o indicou na passagem da sarça, quando chama o Senhor o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacó. Deus não é Deus dos mortos, mas dos vivos, pois todos vivem para ele". Alguns doutores da Lei disseram a Jesus: "Mestre, tu falaste muito bem". E ninguém mais tinha coragem de perguntar coisa alguma a Jesus.
Comentário
Só quem passou fome poderá compreender a afirmação do Salmo 143 (144) quando exclama: "Os nossos celeiros estão cheios!" O salmista celebra a justiça de Deus, agradece por sua libertação e elogia seu poder criativo. Mas a abundância do pão, como culminação deste cuidado divino, adquire uma importância especial. O pão no celeiro implica a garantia da vida, 'assusta' o fantasma da fome e, com ele, a inanição e a morte. Segundo a FAO, quase 50 milhões de pessoas passam fome na América Latina. E não porque não haja pão, mas porque está guardado no celeiro dos poderosos, que o acumulam indiferentes às necessidades dos outros. O evangelho nos convida a sonhar com um outro mundo, onde reine a ética de Deus, que satisfaça a vida de seus filhos e filhas sem a necessidade de atropelar a dignidade de ninguém. A mulher é portadora de bênção e salvação, precisamente ela, que sempre foi submissa. Nem donos absolutos das coisas, muito menos das pessoas!
Santo do Dia
S. Roque González de Santa Cruz e companheiros
1576-1628 ? mártires do Paraguai ? \"Roque?,
\"homem grande e forte?
Natural de Assunção, Paraguai, Roque González era filho de emigrantes espanhóis influentes na alta sociedade paraguaiense. Ordenou-se sacerdote em 1559 e tornou-se vigário da catedral da cidade. Em 1609, ingressou na Companhia de Jesus, dedicando a sua vida missionária em favor dos indígenas oprimidos ao longo do rio Paraguai. Arquiteto, pedreiro, carpinteiro, criou um projeto de redução (missão), que consistia em uma praça central, uma igreja e escola e as casas enfileiradas. Havia ali disciplina, trabalho e aprendizado de vários ofícios, e a catequese. Animado pelo seu espírito evangelizador, fundou várias reduções (Yatapuia, Santa Ana, Yaguapoa). Foi morto juntamente com dois outros sacerdotes, Pe. Alonso Rodriguez e Pe. Juan de Castillo (15/11/1628). Foi canonizado por João Paulo II em 1988.