Primeira leitura: Gn 14,18-20: 2Rs 11,1-4.9-18.20:
Ungiram Joás e aclamaram: "Viva o rei!"
Salmo: Sl 131,11. 12. 13-14. 17-18 (R.13):
R. O Senhor preferiu Jerusalém por sua morada.
Evangelio: Mt 6,19-23:
Onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração.
Tema: SANTÍSSIMO SACRAMENTO DO CORPO E SANGUE DE CRISTO (Solenidade)
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: Não junteis tesouros aqui na terra, onde a traça e a ferrugem destroem, e os ladrões assaltam e roubam. Ao contrário, juntai para vós tesouros no céu, onde nem a traça e a ferrugem destroem, nem os ladrões assaltam e roubam. Porque, onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração. O olho é a lâmpada do corpo. Se o teu olho é sadio, todo o teu corpo ficará iluminado. Se o teu olho está doente, todo o teu corpo ficará na escuridão. Ora, se a luz que existe em ti é escuridão, como será grande a escuridão.
Comentário
O Evangelho de hoje e de amanhã nos convida a fixar o olhar em quatro advertências sobre os bens materiais: não acumulem, usem bem os bens materiais, não sirvam a dois senhores e confiem na Divina Providência. Não acumular nos alerta para a tendência de comprar e acumular sem medida, tornando-nos escravos do consumismo e pessoas insatisfeitas. Admitamos que possuir bens materiais não é ruim, principalmente se forem fruto do trabalho, pois nos permitem uma troca saudável para progredir e construir um futuro individual e comunitário. O problema surge quando os bens tornam-se o absoluto, um "deus" que idolatramos. Quando Jesus nos exorta a acumular "tesouros no céu", está se referindo a colocar nossos corações no que é realmente importante. Refere-nos a todas aquelas coisas que contribuem para o nosso bem-estar, das pessoas e do planeta. Os bens que você possui são uma fonte de felicidade? O que posso fazer para me tornar um consumidor responsável e atencioso? Vamos simplificar nossa vida!
Santo do Dia
S. Rainério de Pisa
\"Rainério? quer dizer \"conselheiro do exército?
Padroeiro de Pisa, Itália, S. Rainério ou Raniero nasceu em Pisa, Itália, e viveu no século XII. Levava vida fútil, cheia de vaidades e entregue aos prazeres. Era músico, tocador de lira. Um dia encontrou-se com o monge Alberto Leccapecore, homem de Deus. Esse encontro levou-o a repensar sua vida e mudá-la radicalmente. Recolheu-se então a uma vida solitária e penitente. Sem comer, e em contínuos prantos, acabou por ficar cego, mas obteve de Deus a graça da própria cura. Por inspiração divina, partiu para a Terra Santa como mercador. Alimentava-se apenas duas vezes por semana e entregava-se a rudes trabalhos. Teve então uma visão em que as jóias de sua bolsa haviam se transformado em piche e enxofre e ardiam em chamas. Uma voz explicou-lhe o sentido da visão dizendo que a bolsa era seu corpo; o fogo, o piche e o enxofre a sua vida fútil. Como peregrino, visitou os Lugares Santos e passou no deserto 40 dias, jejuando como o fez um dia Jesus. De regresso a Pisa, ingressou no mosteiro de S. Guido, levando vida simples. Morreu em 1160.