Primeira leitura: Dn 9, 4b-10:
Pecamos, temos praticado a injustiça e a impiedade.
Salmo: Sl 78, 8. 9. 11. 13 (R. 102,10a):
R. O Senhor não nos trata como exigem nossas faltas.
Evangelio: Lc 6,36-38:
Perdoai e sereis perdoados.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: Sede misericordiosos, como também o vosso Pai é misericordioso. Não julgueis e não sereis julgados; não condeneis e não sereis condenados; perdoai, e sereis perdoados. Dai e vos será dado. Uma boa medida, calcada, sacudida, transbordante será colocada no vosso colo; porque com a mesma medida com que medirdes os outros, vós também sereis medidos.'
Comentário
O Evangelho de hoje, tendo como pano de fundo o tema do perdão-amor aos inimigos como condição necessária para viabilizar o novo modelo de sociedade-humanidade que Jesus buscava, apresenta-nos as exigências derivadas desse perdão-amor. O Pai é mais uma vez proposto como paradigma inspirador e referência para assumir essas demandas, em sua capacidade de simpatizar, não julgar, não condenar, perdoar e dar. Como alternativa ao atual modelo de amor mesquinho, egoísta, remediado, interesseiro e incapaz de perdoar, somos convidados a olhar para Ele, fonte e origem de todo amor verdadeiro, para, a partir dele, viver esta nova experiência de um amor de grande generosidade. Para Lucas, essas exigências são novas, segundo as necessidades dos cristãos de seu tempo, e poder vivê-las é um dom que vem de Deus. Cada tempo tem suas próprias exigências para tornar possível o projeto de Jesus. Nosso hoje, que exigências nos faz? Como está sua compaixão e capacidade de perdoar? Seja justo e misericordioso!
Santo do Dia
B. Tiago Gusmão
1834-1888 ? fundador dos missionários Servos dos Pobres
e das Servas dos Pobres
Natural de Palermo, ficou órfão aos três anos e foi criado pela irmã mais velha, Vicentina. Formado médico em 1855, exerceu a profissão junto aos habitantes de S. José Jato, mas, orientado por seu conselheiro espiritual, Domenico Turano, decidiu-se pelo sacerdócio. Estudou no Oratório de S. Filipe Neri de Palermo. Os primeiros anos de sacerdócio foram marcados por forte crise espiritual que só em 1864 seria superada quando, num retiro no mosteiro de S. Martino delle Scale, teve uma inspiração de que a vontade de Deus que ele fosse \"apóstolo da caridade?. A exemplo da família Michele de Franchis, que a cada dia reservava nas refeições um prato de comida que era dado a um pobre, tomou a iniciativa de criar a Associação do Prato do Pobre. A população respondeu a seu apelo contra a fome com a criação de casas para idosos e órfãos e colônias agrícolas. Tais iniciativas culminariam na fundação das congregações dos Servos e das Servas dos Pobres, aprovadas pela Santa Sé em 1887. Na vida, sua preocupação maior foi a de discernir a vontade de Deus e encontrar nela a paz interior. Em uma de suas cartas, dizia: \"O desejo de minha alma é cumprir em tudo a divina vontade; e o temor de não fazê-lo até agora é para mim um verdadeiro martírio...? . Em 1983, foi proclamado bem-aventurado por João Paulo II.