Primeira leitura: Hb 4,12-16:
Aproximemo-nos com toda a confiança, do trono da graça.
Salmo: Sl 18(19B),8.9.10.15 (R. cf. Jo 6,63c):
R. Vossas palavras são espírito, são vida, tendes palavras, ó Senhor, de vida eterna.
Evangelio: Mc 2,13-17:
Eu não vim para chamar justos, mas sim pecadores.
Naquele tempo, Jesus saiu de novo para a beira do mar. Toda a multidão ia ao seu encontro e Jesus os ensinava. Enquanto passava, Jesus viu Levi, o filho de Alfeu, sentado na coletoria de impostos, e disse-lhe: "Segue-me!" Levi se levantou e o seguiu. E aconteceu que, estando à mesa na casa de Levi, muitos cobradores de impostos e pecadores também estavam à mesa com Jesus e seus discípulos. Com efeito, eram muitos os que o seguiam. Alguns doutores da Lei, que eram fariseus, viram que Jesus estava comendo com pecadores e cobradores de impostos. Então eles perguntaram aos discípulos: "Por que ele come com os cobradores de impostos e pecadores?" Tendo ouvido, Jesus respondeu-lhes: "Não são as pessoas sadias que precisam de médico, mas as doentes. Eu não vim para chamar justos, mas sim pecadores".
Comentário
Uma das posturas que tem gerado descrédito à Igreja é o fato de ela ter cuidado do "bom nome", negligenciando sua tarefa de evangelizar por todos os meios possíveis, como dizia Antônio Claret no século XIX. Jesus não se preocupou com isso, mas sim em devolver vida e dignidade àqueles que viviam condenados pelos sistemas de morte daquela época. A proposta de novidade que Jesus de Nazaré trouxe foi bem acolhida pelas pessoas desprezíveis daquela sociedade, que não tinham valor, nem contavam para a cidadania ou religião. Jesus foi muito mais ousado ... ele chamou publicanos e pecadores de seu grupo de amigos mais próximos para que fizessem parte dos Doze. O Evangelho nos lembra do convite que Jesus fez a Levi. Somos chamados a compartilhar a vida com quem não é importante na história. Também para compartilhar a mesa, a vida, tudo o que somos e temos com os novos “condenados” da nossa sociedade. Estamos dispostos?
Santo do Dia
S. Odo de Novara
séc. XII ? monge ? \"Odo? sugere riqueza, fartura de bens
Odo nasceu em 1140 e foi prior dos cartuxos de Geyrach, na Eslavônia, e, mais tarde, capelão e diretor espiritual de um mosteiro de religiosas, nas proximidades de Tagliacozzo. Construiu uma pequena cela perto do mosteiro e passou a levar vida entregue à oração, ao trabalho, à penitência e à pobreza, conforme o costume cartuxo. Dali saía apenas para ir à igreja dedicada a S. Cosme e S. Damião. A quem o procurava e pedia qualquer livramento, dizia: \"Que poderei eu fazer? Sou um pobre pecador, cheio de fraquezas. Deixa-me em paz. Vai, e que o Cristo, Filho do Deus vivo, te cure do mal que te aflige!? E a pessoa ficava livre do mal que a atormentava. No leito de morte exclamou: \"Recebei-me, Senhor, meu Senhor, que vou para vós. Eu vejo o Senhor, meu Senhor e meu Rei. Estou na presença de meu Deus?.